Pé-de-Cachimbo
iê-iê-iês from the crypt
segunda-feira, dezembro 20, 2004
MOGWAI + SFA
Essa é outra pérola que disponibilizo por aqui. Trata-se de uma das raras músicas do Mogwai que possuem vocal - no caso, o do vocalista do Super Furry Animals, que canta em sua língua pátria (neozelandês, se não me falha a memória) nesta faixa do LP Rock Action de 2001. Pense numa música lindja.
Dial: Revenge
Arbed amser ar ben fy hun
Cynnal cof ac atgofion blin
Pwyth am bwyth, chwant am chwant
A pob tro dwi'n codi'r ffon
Mae'n dweud "dial"
Dial anweddus, nid grym arswydus
Aur, thus a myrr
Tonfedd sur a chalon o ddur
Adeiladu ffiniau eglur
Newid tonfedd, nofio'r don
Dal yr abwyd nerth dy ben
Cwyd i'r wyneb
Dial anweddus, nid grym arswydus
Aur, thus a myrr
MÚSICAS INFANTIS ADULTAS
Certas músicas infantis de minha época trazem-me algumas recordações da infância mas parecem não aplacar saudades, não exorcizar o passado quando escutadas na idade adulta. Simplesmente porque geralmente músicas pra criança são pouco nostálgicas e mais "observativas". Assim, acho que existem "músicas infantis adultas", com a licença do paradoxo. Ouça "Jennifer Louise", uma das canções mais jovem guardiana e grudenta de todos os tempos e tente entender a distinção.
clique na figura para baixar
JENNIFER LOUISE
Jennifer Louise you don't know me but we're cousins
your mamamama and my mamamama are sisters
Jennifer Louise I haven't seen you since I was a kid
when my family spent the weekend at your house
and your father helped when my eyelashes stuck together
My mom told me that now
you're a young professional
living with a significant someone
Jennifer Louise we know so little about each other
I'll probably never call you up,
write you a letter or see you in person
Basically Jennifer Louise you don't know me
and we're not friends
But I was just wondering about you
wondering if you ever think about me
quinta-feira, dezembro 16, 2004
ESPELHO DO MUNDO
Existe um estado de espírito que é semelhante ou idêntico ao que os místicos/metafísicos vivenciam, onde cada mínima coisa ao seu redor torna-se possuidora não só de um significado conceitual (aliás, isso é o que menos importa), mas principalmente passa a lhe "falar" diretamente, incindindo sobre sua vida, quebrando a cadeia de "jogos" do momento e, só assim, fazendo-lhe "enxergar" o presente. Pode ser qualquer coisa. Mesmo. Como um simples fio de cabelo. A verdade sobre do universo pode estar nele.
E o mais engraçado é quando você busca isso a todo instante mas, quando a coisa vem à tona, você fica com medo. Principalmente de enlouquecer. Sim, isso tem totalmente a ver com "loucura". Se você acha que a loucura é a falta de sentidos, está redondamente enganado.
Mas chega um ponto em que a fé torna-se necessária ao conhecimento. Por motivo de desestagnação.
Acreditar é algo extremamente perigoso. Mas engana-se quem se considera cético demais a ponto de não querer acreditar em nada além do "consenso - médio ou não - do real" devido ao risco do engano, e que só assim estará seguro das "opiniões parciais e exaltadas".
Há uma "ciência" que resguarda-se do medo. E encontra o álibi perfeito no "racionalismo".
Só que às vezes os medos precisam vir à tona para seguir-se em frente no conhecimento do mundo e de si mesmo, penso.
- Você que vocifera contra a banalização disso e daquilo outro, que reclama do homem comum e medíocre, com uma éticazinha acadêmicazinha, será que você possui coragem de ver-se no espelho do mundo ?
- Gostaria de estar errado, mas confesso achar que ainda não possuo...
- Pílula azul nele !
terça-feira, dezembro 14, 2004
VÍDEOS / MP3 DO MY BLOODY VALENTINE
O grande
Aldemi acabou de dar-me um ótimo presente de natal em forma de link. Já que a net possibilita esse negócio de comunismo efetivamente, compartilho-o aqui com vocês.
http://www.planetjesterz.com/mbv/videos.html
Além de ter uma beleza singular, ela ainda toca uma Fender Jazzmaster... ai, ai.
sexta-feira, dezembro 10, 2004
SILENT EVENINGS

Acho que deve estar rolando alguma conspiração do destino pra eu não ver os Mellotrons. Ontem, fui ao Marco Zero no intuito de ver o show dos caras, entretanto, como eles ficaram de tocar por último (depois do Via Sat - nem sabia que esse povo inda existia...) e a apresentação atrasou em mais de uma hora, voltei pra casa sem vê-los, pois minha carona teve de lavrar. De outra feita, por conta da "pontualidade" de minha carona, cheguei quando os caras já davam o "boa noite" de encerramento.
Dessa fase mais recente da banda eu só vi uma única apresentação... Francamente.
Mas tem nada não... agora os caras tão fazendo show atrás de show (dizem as más línguas que sua próxima aparição será na MICARINDIE, a micareta dos indies...). Daqui a pouco tem outro.
Olhaê. Xô copiar do Recife Roque...
Festival Coquetel Molotov Independente 2
Sexta (17/12/2004) 21h
Local: Rua da Moeda (Recife Antigo)
Preço: grátis - Info: n/d
Retrôvisores, Profiterolis, The Honkers (BA), Rádio de Outono e Volver
Sábado (18/12/2004) 21h
Local: Rua da Moeda (Recife Antigo)
Preço: grátis - Info: n/d
Poeta Carcará, The Dead Superstars, Mellotrons,
Backstages e River Raid
Num tô dizendo...
Falando nisso, eu tenho que deixar de ser relapso e ir finalmente conferir ao vivo e a cores algumas bandas daqui de minha predileção que também fazem shows que só a prêula e eu necas de pitibiriba de ir vê-las...
em primeiríssimo lugar está o Vamoz! do Sr. Gomão Jazzmaster Bigmuff e asseclas... tem também o Volver - que quero sacar se é uma mera repetição dessas bandas gaúchas de Joveníssima Guarda ou se possui pegada própria...
Os que me lembro no momento são esses... mas deve ter mais.
quinta-feira, dezembro 09, 2004
TREMENDÃO
erasmo carlos - dois animais na selva suja da rua.mp3
Repara a foto da figura, na época em que era membro do Deep Purple... hehehe. Mais uma pra sessão Brazillian Nuggets... se bem que "Maria Joana", desse mesmo disco, era mais apropriada, pelo clima maconheiro. Mas como tô sem ela aqui, vai essa (que também é excelente) mesmo.
mal-do-século-no-future-saudadoso-futurista
É engraçado ler Saudade do Futuro depois de tanto tempo. Começo a perceber algumas "falhas" que não percebia antes, a enxergar o comum no que antes era incomum...
Assim... não que eu ache que o texto por si só não se sustente - pelo contrário, acho o estilo de escrever de Douglas muito bom - mas, penso que, pra se fazer hoje qualquer análise dele, o aspecto histórico é fundamental. Também não vou dizer que o Recife de 15 anos atrás seja tão diferente do Recife de hoje (principalmente no aspecto das desigualdades sociais), mas é inegável a forma como o autor capta aquele clima de crise econômica pré-Collor, de marasmo... e cospe tudo num tom mal-do-século-no-future-saudadoso-futurista.
Fica clara também, no decorrer dos monólogos do personagem Hugo (quase um alter-ego de Douglas), a predileção pelas teorias psicanalítica (principalmente a de Freud) e evolucionária (Darwin), além de um certo marxismo não-proselitista. Há também um certo ar nietzschiano nos acessos dionisíacos dos personagens e de psicodelismo (nas viagens químicas desses), mas o que prevalece é o existencialismo mais sartriano, onde brotam as mais angustiantes contradições quanto uma "condenação do homem à liberdade".
Outra coisa interessante é o estilo da escrita que, ao meu ver, assemelha-se e muito à de alguns blogueiros mais "literários", digamos assim... de repente, alguém que leia o livro hoje em dia pense que o dito cujo é um "blog encadernado", tamanhos são os índices de umbiguismo e de fragmentação textual contida ali. Só que o livro foi publicado em 1989, filhos... nessa época, "blog" não passava de uma onomatopéia qualquer.
Algumas passagens que deram agonia nessa releitura:
- A parte em que Hugo tá na beira da praia de Olinda em pleno carnaval e encontra Laila... Porra, tudo bem que, pelo contexto, todo mundo evidentemente devia estar pra lá de Bagdá, mas pra entrar naquele mar lotado de dejetos pós-carnavalescos (pra completar era quarta-feira de cinzas), era melhor entrar logo no canal da Agamenon... Eca.
- Tudo bem que certos fatos narrados são exorcismos de alguns fantasmas do autor e tal, mas há um acesso de pedofilia que é meio hardcore demais... confesso que fiquei um pouco chocado nessa releitura... vai ver que é porque agora sou pai de uma menina. Lewis Carrol perde, hein Douglas.
- O discurso de Laila é tão idêntico ao do próprio autor que dá a impressão dela ser ele mesmo (não que isso seja algo inválido como recurso literário, mas creio que ele, ao compô-la, queria que apresentasse uma personalidade própria)...
Mas, enfim... deixa eu acabar de reler que depois digo (ou desdigo) mais sobre...
ERRATA
consertei o link da música "Abre, sou eu" dos Beat Boys. Se alguém teve o trabalho de baixar e ficou sem entender muito o que ouviu, clique
aqui ou na figura lá de baixo pra baixar novamente.
Mal aê. Foi a primeira vez que usei esse YouSendIt.
terça-feira, dezembro 07, 2004
GRANDÍSSISSIMA PUTA ACOLHEDORA
O disco mais recente do Stereolab foi uma grata surpresa pra mim. Depois do Yo La Tengo, eis que surgiu mais um caso em que foi exigida de mim uma "reparação de injustiça para com banda indie a qual eu julgava ser irrelevante e morna". Também tá acontecendo com o Pavement, depois que Breno me emprestou quase todos os cds da banda (num dei o "ganha" ainda não visse ?).
Entretanto, os louvores devem ser devidamente prestados à Irmã Net, essa grandíssima puta acolhedora, onde cada vez mais os casos de "não ouvi e não gostei" ou "ouvi (apenas) uma música e não gostei", tendem a ser dirimidos.
Sendo assim... Ouve aí e vê se tu gosta... Gostasse não ? Então baixa outra... Achasse marromeno ? Então baixa o disco inteiro... No final podes dizer que achastes o disco uma merda. Mas então baixa outro, já que não poderás julgar a banda simplesmente por causa dele. Gostasse não ? Baixa todos... Achaste tudo chato ? Então tá limpeza. Podes dizer por aí que a banda é uma merda.
Ah, e obrigado pela paciência.
Need To Be*
C'est la tentation
D'être toute absorbée
De n'avoir plus à se soucier
du temps de notre vie
C'est la peur de vivre,
d'aller jusqu'au bout
Celle aussi d'aller à la rencontre
de sa finitude
C'est la tentation
De nier le présent
Parce que c'est justement lui
qui est insaisissable
Se voiler la face,
plutôt que d'être claire
Ne point vouloir embrasser son
état de solitude
Mon arbre est tout fleuri
Pourtant il fait encore très
froid dehors
On en attend des fruits
Les nouriciers
Qui rendent beau et fort
Il est comme ma vie
Des fois morose
D'autres fois haut en couleurs
Assise sous l'arbre en fleur
Au creux de l'ombre
De la lumière, du bonheur
* Clique na figura com o direito e selecione "abrir em outra janela". Daí é só clicar no "click here for download" e baixar a música.
* Pra quem não conhece o sistema do YouSendIt é o seguinte: você dá seu e-mail e envia qualquer arquivo que será devidamente armazenado num servidor que poderá ser acessado através de um link (que ficará disponível temporariamente). Daí qualquer pessoa que tiver esse link pode baixar o arquivo enviado, sem você comprometer sua privacidade.
BRAZILIAN NUGGETS
Se Nuggets pra você não passa daqueles bolinhos de frango, você precisa conhecer essa verdadeira filial psicodélica que arvorou-se no cancioneiro de vários países, extraindo o pólen lisérgico contido na música de artistas - às vezes totalmente obscuros - e tornando-o acessível não somente a musico-arqueologistas de plantão.
Apôi coma esse biscoitinho aqui e veja se voismecê num fica cum água na boca com vontade de degustar mais...
É rapá... é aquela banda que acompanhou Caetano Tinhoso em "Alegria, Alegria" mesmo. Pode downloadar que é satisfação garantchida do cliente. Quem fez uma versão dessa musga recentemente foi o Momento 68, banda paulista sydbarretiana. Quem tiver em mp3 e puder passar eu agradeço.
sexta-feira, dezembro 03, 2004
CICLOTRON
Por acaso (??), hoje trago em minha pasta (não-virtual) um cd e um livro de "cabeceira" (respectivamente, "Ave Sangria" e "Saudade do Futuro"). Os dois têm muitíssimo a ver com minha estreita existência nesta cidade, tendo emoldurado certos momentos especiais de minha vida ... certos momentos onde o "fogo" foi evocado como "arché".
Deixa eu colocar uma faixa aqui, pra servir como fundo musical...
pronto.
Procurei algum trecho transcrito de Saudade do Futuro
por aqui, mas deixa pra lá... basta dizer que no momento faço a mesma pergunta (e de várias outras formas) que Hugo faz no começo do livro que é tão demasiadamente humana: "Eu, (fulano), acaso sem necessidade ?"
Como ciclotron, estou determinado em ir para uma apresentação do
TOTEM hoje à noite. No centro do Recife. Na Rua da Aurora.
Boa sorte pra mim... qualquer coisa, o Hospital de Queimados é logo ali.
quinta-feira, dezembro 02, 2004
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