Pé-de-Cachimbo

iê-iê-iês from the crypt

terça-feira, dezembro 30, 2003

 
ah, já ia esquecendo...postei um texto n'O Foguete do Recife sobre uns alienígenas aí. vão .

 
GRAÇAS A TUPÃ

ok povos, agora quem entra de recesso sou eu. tô indo daqui a pouco pra minha segunda terra natal: pesqueira (a primeira é arcoverde). mesmo havendo certas questões familiares que devam ter alterado os ânimos de meus parentes, acho que luna acaba canalizando os sentimentos bons de quem entra me contato com ela (aliás, essa é uma das grandes vantagens de possuir algum descendente ainda criança). estou precisando também espairecer um pouco, respirar um ar mais puro (longe daquela nuvem preta que paira sobre a agamenon magalhães), comer uma comida mais saudável... enfim, é lógico que trata-se do típico "programa de pai" ir pra casa do vôzão com a pirralha e a mulher a tiracolo pra fazer aquela programação família e tal. mas vou ver se consigo furar um pouco do cerco dos roteiros pré-estabelecidos de ir na casa de fulaninho e sicraninho e fazer o que eu realmente gosto quando estou em pesqueira: andar pelos pontos menos "turísticos" da cidade, subir a serra ... se bem que agora o sujeito tem que ter o aval dos índios. mas o véi osvaldo é amigo dos chucurus, quem sabe não rola aquela brodagem entre o ex-catequizador (pra quem não sabe meu pai já foi padre) e os catequizados-pero-no-mucho (graças a tupã!). vou ver também se consigo dar uma esticadinha pra arcoverde, já que, tirando o dia do meu nascimento, estive lá pouquíssimas vezes, ainda quando criança. mas como luna não vai estar de babá tudo fica mais complicado... de toda forma, desejo um feliz ano novo a todos vocês que têm saco pra ler as besteiras que escrevo - e que em 2004 haja motivos de sobra para posts mais sóbrios, construtivos, harmônicos... bah.

quarta-feira, dezembro 24, 2003

 
eis que O FOGUETE DO RECIFE levanta vôo. até agora cuidei apenas de alguns detalhes técnicos, ficando lá no fundão da nave curtindo o baixo nível de gravidade. se eu continuar assim acho que major alfredo e comandante erastto vão me dar uma relha... he, he, he. leiam por lá maiores explicações que eu já tô me desconectando pra acender os pisca-piscas.

 
bom... fim de ano implica em fazer balanços. lembrar os êxitos, lembrar de esquecer as tantas mágoas. notadamente neste momento me encontro sem qualquer capacidade para o raciocínio abstrativo e totalizante, implícito nesta tarefa... não consigo pensar ou fazer nada que tenha começo, meio e fim. sinceramente não sei o que (nem como) escrever. ahn, mas é natal, fim de ano né ? as pessoas costumam ficar extremamente solícitas, atenciosas com você, com um bom humor acima da média (creio eu que mais pelos dois feriadões + férias do que pelo lance religioso em si)... mas acaba que você se contagia com as demonstrações de cortesia de gente que normalmente mal te diz "oi"...

obrigado. pra vocês também.

sábado, dezembro 20, 2003

 
TOC, TOC, TOC
- QUEM É ?



ABRE ABRE ABRE QUE SOU EEEEEEU ...

quinta-feira, dezembro 18, 2003

 
ANO NOVO, CARA NOVA (nem tanto...)

lidar com html sem ter a mínima noção é como tatear as coisas no escuro. eu tinha bolado um template próprio para este blog (duas colunas, com o texto no meio, um logo que remetesse ao design de um cosmorama e algumas variações de cor), mas desisti de colocá-lo no ar tamanhas já foram minhas tentativas sem sucesso. bem, pelo menos consegui agora de manhã colocar o logo tosco que fiz no paint há alguns meses. tá parecendo mais o do pão de açúcar... pelo menos é algo menos "impessoal" do que deixar o nome pura e simplesmente como vem no template do blogger.

ah, estou dando uma atualizad nos links... por enquanto tá meio desorganizado mas vou colocando em ordens aos poucos...

domingo, dezembro 14, 2003

 
SAINDO DA BALEIA PRA VER DURVAL

em termos de cinema confesso que sou mesmo "o" retardatário. todo mundo vê tudo antes de mim. e olhe que "ver antes de mim" ainda é boa vontade de minha parte... pois eu costumo nem ver.

enfim, mesmo chuvendo no molhado (com relação ao conteúdo do filme e não ao fato "extra-ordinário" de eu ir ao cinema) digo aqui que vi na sexta passada durval discos e achei bem legal. gostei demais da fotografia do filme, do trio de atores principais (leia-se: durval, sua mãe e a pequena kiki) e... sim, do roteiro. toda a trilha é sensacional, e a música dos mulheres negras (a que fala de jonas morando na baleia, e tal) caiu como uma luva pra dar uma visão geral do conteúdo do filme em sua sequência inicial. a abertura do filme, contextualiza de forma eficiente a locação principal (trecho do bairro de pinheiros, em são saulo), que é mostrada numa dinâmica sequência feita em steadycam, sem cortes. é engraçado, mas, mesmo mostrando muito pouco da cidade (na qual eu nunca estive presente), consegui ver algo dela que não havia visto (pelo menos não me lembro) em qualquer outro filme, programa, novela... a impressão que tenho é que a são paulo que é mostrada na telinha ou telona ou é a são paulo dos ricos ou dos pobres... acho que a são paulo classe média baixa não foi ainda devidamente representada. a situação de tensão que é introduzida lá pela metade do filme vai ganhando amplidão até que ele acaba e você sai do cinema meio atordoado com o rumo que a história toma. passa tão rápido que você tem a impressão de tratar-se de um "curta mais adubado", ou melhor, mais parece aquele vinil antigão que você mal acaba de ouvir e já quer novamente colocar pra rolar.

sexta-feira, dezembro 12, 2003

 
ALDHIL'S ARBORETUM

DESENTERRANDO TESOUROS

quem é que não gosta de brincar de "olheiro" ? quem é que não gostaria de ter o poder de contratar/alavancar as bandas preferidas, que têm pouco ou nenhum espaço na grande mídia ? e mais: quem é que não gosta de descobrir bandas (que ainda não foram reconhecidas pela grande mídia) antes de todo mundo ? isso é coisa de nerd ? não sei... mas acho natural gostar de brincar de desenterrar tesouros escondidos (no fundo, no fundo, acho que todos temos uma "porção goonie"). tem um que desenterrei a mais ou menos um ano que é dos mais reluzentes (senão "o" mais reluzente). senhoras e senhores, tenho o grande prazer em lhes apresentar....... (rufo de tambores)..... OF MONTREAL !!!!!!!! (fundo musical de bandinha de circo)...

eles são minha a minha "banda de internet" - aquele tipo de banda que você não só conheceu através da rede, como também nunca leu uma linha ou escutou um acorde que não fossem em .html e .mp3, respectivamente.

bem, resolvi compartilhá-lhos com vocês. assim a brincadeira não fica tão autista - afinal, quem também não gosta de mostrar seu brinquedo novo pros coleguinhas, hein ? he, he, he...

o principal culpado pela colcha de retalhos sonoros em questão (que remete à gente como syd barret, kinks, beatles, zombies) chama-se kevin barnes, que, por volta de 1997 assinou com a bar/none records sob a alcunha de of montreal (nome vindo de um relacionamento desfeito com uma garota de montreal), contando naquela época apenas com a contribuição de bryan helium no baixo e derek almstead na bateria.

gostaria de falar de todos os discos desse pessoal, mas escolherei apenas um para a tarefa. aldhil's arboretum é o trabalho mais recente (2002) dessa banda da elephant 6, coletivo de gente igualmente não tão "ilustre" como apples in stereo, olivia tremor control, elf power, etc.

PSICODELISMO COMO TRANSFIGURAÇÃO

dessa vez dei-me o trabalho de pegar as letras do disco e traduzí-las. é engraçado porque, mesmo sem nunca ter feito isso, eu já tinha intuído quais eram seus conteúdos. até pelos títulos das músicas já dá pra sacar, quase exatamente, do que tratam e como tratam.

não consigo perceber ironia, sarcasmo ou qualquer sentimento derivado no of montreal. eles não fazem música com tintas infantis para contrastar com uma visão mórbido-pessimista do mundo, como tantos outros. diria que eles simplesmente são "peter pans" ambulantes.

por serem já homens barbados sua música soa escapista. isso suscita uma reação instantânea de abominação naqueles que acham que a música tem por obrigação tentar mudar uma realidade sócio-econômica (principalmente aqui neste continente, neste país, neste estado, nesta cidade...) para não se ser covarde, não se ser escapista.

não tenho uma justificação na ponta da língua pra necessidade de haver essa música "escapista" (na verdade, acho esse termo deveras insuficiente pra denominar seu significante). apenas percebo claramente quando escuto-a, que existem várias. quem não as consegue perceber é porque nunca conseguiu se entregar à coisa. por não querer ou por não poder - pois há um conceito/pedra no caminho. bem, muitas vezes quem aponta o dedo, dizendo "isso é ópio" (no sentido perjorativo), muitas vezes transpira o próprio. mas deixa quieto.

TOO BUSY DREAMING

temos aqui canções adeptas do formato "canção estorinha" - acho até que neste disco especificamente tem menos isso do que em outros trabalhos deles. os temas orbitam em torno de morte (Old People in the Cemetery), vida campestre (Isn't it Nice), impossibilidade de relações (Jennifer Louise / The Blank Husband Epidemic / Pancakes for One / Kid Without Claws), o tal do escapismo (An Ode to the Nocturnal Muse - que assemelha-se a "i'm only sleeping" dos beatles / Kissing in the Grass / Death Dance of Omipapas and Sons for You), relações "possíveis" com os animais(!) (Natalie and Effie in the Park / A Question for Emily Foreman)... diria até que chega a ser o "disco cinzento do of montreal", o mais "down" que eles conseguiram até agora ser, esses rapazes que fazem uma música "alegre por vocação" mesmo quando usam tintas melancólicas.

quinta-feira, dezembro 04, 2003

 
Ô ATRASO DE VIDA

gravador de cd - quebrado
drive de cd - quebrado
scanner - quebrado
microsistem no qual eu gravava fitas direto de minhas mp3 pra escutar no walkman e ainda servia pra plugar minha guitarra e pra eu fazer minhas experimentações sonoras - quebrado
amplificador emprestado de paulo - com defeito
único cabo de guitarra meu que funcionava - perdido
pedal "classic metal" (urgh!) - com defeito
fonte do pedal - tive que dar a breno pois queimei o dele
palhetas e mais palhetas - perdidas
walkman - sem pilhas
duas pilhas recarregáveis que gabriel me emprestou - acho que uma delas se foi, provavelmente a empregada jogou fora depois de testá-la em seu rádio e constatado que não funcionava...
violão tonante (meu primeirão) - sem as tarrachas (não as acho pra vender em canto nenhum)
violão Di Giorgio emprestado de Xima - correndo risco a qualquer momento de ser recuperado pelo dono.
rádio - não sintoniza nada além da caetés ou da recife...
vídeo cassete - não tá gravando direito
flauta transversa - com as sapatilhas gastas (o dó grave se recusa a sair - e, agora que paulo desmontou e remontou-a, todas as notas graves... pfff...)
cordas recém compradas da minha guitarra - enferrujadas

grana pra resolver tudo isso - a ponto de vender a alma ao chifrudo (por sinal, outro dia vi na internet uma espécie de contrato num site aí que garantia por a mais b que negociava venda de almas ao capeta...). vôti ! vá di reto satanái ! se bem que esses concursos que tô pensando em fazer pra ganhar grana vão bem por aí... preces ao deus capital !

Em homenagem a essa minha situação, vai um Dylanzinho. Cantem comigo ... é, vocês, "losers" como eu... cantemos pra lavar nossas mágoas:


EVERYTHING IS BROKEN
(Bob Dylan)

Broken lines, broken strings,
Broken threads, broken springs,
Broken idols, broken heads,
People sleeping in broken beds.
Ain't no use jiving
Ain't no use joking
Everything is broken.

Broken bottles, broken plates,
Broken switches, broken gates,
Broken dishes, broken parts,
Streets are filled with broken hearts.
Broken words never meant to be spoken,
Everything is broken.

Bridge: Seem like every time you stop and turn around
Something else just hit the ground

Broken cutters, broken saws,
Broken buckles, broken laws,
Broken bodies, broken bones,
Broken voices on broken phones.
Take a deep breath, feel like you're chokin',
Everything is broken.

Bridge: Every time you leave and go off someplace
Things fall to pieces in my face

Broken hands on broken ploughs,
Broken treaties, broken vows,
Broken pipes, broken tools,
People bending broken rules.
Hound dog howling, bull frog croaking,
Everything is broken.

 
Paparuá diz:
vou passar lá na tua casa sim.

Paparuá diz:
é pq vai rolar a 2a edição do aniversário da minha mãe no Lorival... lá pelas 6:30

Paparuá diz:
aí de lá eu vou.

speicenluz diz:
putz. segunda edição...

Paparuá diz:
é pros colegas de trabaio

speicenluz diz:
dona i. virada no mói de cuentro

Paparuá diz:
intão...

Paparuá diz:
e as véias amiga dela nem se fala

Paparuá diz:
tudo um bando de maconheira doida

speicenluz diz:
he, he, he

Paparuá diz:
essa 3a idade de hj em dia...

Paparuá diz:
está perdida

speicenluz diz:
tsc tsc

speicenluz diz:
já não se fazem mais pais como antigamente

quarta-feira, dezembro 03, 2003

 
MAR ABERTO

mar aberto. convés fechado. tempestade a bordo. noite no mar. noite no céu. agitação uniforme das águas (nas tripas do mar).

alguém na água. não se sabe se caiu de alguma nau. pois parece estar eternamente ali. como um ancestral homem anfíbio.

a escuridão e a frieza do mar rompidas por algum peixe reluzente. sua consistência é algo como o solo de um outro planeta tão grande é seu tamanho. o começo de todo medo. qualquer outra coisa teria que remeter à essa sensação se quisesse desvendar o que é o horror.

.......................

abriu o chuveiro receoso - afinal, acostumara-se a tomar apenas banho com água quente, de chuveiro elétrico ligado. surpreendeu-se ao ver que seu coração não palpitava, nem seu corpo esboçava retesar-se, nem sua pele levantava em pequenos calombinhos com o frio... a água novamente havia-se fundido com seu corpo.

tudo isso porque há alguns dias ele entrou à noite no mar e ela (a água ?) estava mornamente acolhedora. como uma mãe recebendo de braços abertos a um filho pródigo.

terça-feira, dezembro 02, 2003

 
entrou no ar o site do mombojó. tá do caralho. mas do caralho mesmo é o fato da galera ter colocado as 15 músicas do cd pra download. até agora só consegui baixar umas duas, mas já deu pra sacar o estrago que a galera fez. senhora produção. vejo uma grande influência do mundo livre, mas os meninos musicalmente vão muito mais além. e como.

passem por lá: www.mombojo.com.br

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