Pé-de-Cachimbo

iê-iê-iês from the crypt

sábado, março 26, 2005

 
Semana Santa

Conversando no messenger, tomando "Le Carretier" (como diz meu amigo José Damião) e devorando churrasquinho do Hiper.

segunda-feira, março 21, 2005

 
não percam num próximo post: "SIM, EU GOSTO DO CORDEL DO FOGO ENCANTADO. E DAÍ ?"

 
Furando o Cerco (ou "das investidas nos browse files alheios")



Hoje em dia não sou mais um guri revoltadozinho achando o máximo existirem alguns Johnny Rottens da vida que usam T-Shirts com os dizeres "eu odeio Pink Floyd". Se bem que, na verdade, nunca achei muita graça nessa anedota não. Talvez porque ela foi absorvida pra justificar um "movimento" que em determinado momento estava em evidência cultural (e por que não mercadológica ?) - a saber, o punk rock.

O próprio David Gilmor mais tarde confessaria que o tal Joãozinho Podre era um fã enrustido do Pink Floyd, conforme lhe dito pela sua lá dele desdentada boca. Enrustido eu já digo por que. Porque ele era um cara que incorporava toda uma moda... Vejam bem, aqui não coloco em mérito a obra musical dos Sex Pistols (apesar dela tb ser bastante discutível), e sim o fato dos caras terem sido uma armação mercadológica... é bem verdade que uma armação bem arquitetada (mais no tom de "farsa assumida" - o tal do "filth lucry" - do que no de niilismo intelectual seriamente falando), mas armação de todo jeito.

Eu, como adolescente devorador da "cultura rock", não poderia fazer diferente. Apesar de nunca ter usado uma T-Shirt como a de Rotten, durante algum tempo de minha vida era meio conflituoso assumir pra mim mesmo gostar do Nirvana e do Pink Floyd AO MESMO TEMPO... é a tal da "atchitude incorporada", cara...

Você vê isso entranhado também, por exemplo, nos padrões de julgamento que consideram algo inconciliável o cabôco gostar de música "regional" e música estrangeira ... Cara, todas essas "divisões por exclusão" são coisas ditadas pelo comportamento social. E sinceramente não me interessam muito. Mas acho que hoje em dia já tá batendo um simancol maior na galera. Tudo tá rumando pra um enorme "free jazz" (indendente de estilo-marca-de-prateleira-de-cd), em termos de se admitir os próprios gostos...

Em homenagem ao clima senhor-barrigudo-que-curte-jazz-como-david-gilmor, resolvi furar o "cerco de não-colocação de emepetreses" deste blog, e disponibilizar pelo YS, esta linda cançoneta do Pink Floyd na fase que o Syd Barret já tinha começado a surtar e D.Gilmor já ocupava os vocais (falando de disco oficial, o "A Sacerful of Secrets" talvez represente essa época).

Conhecia essa música de um especial obscuro que passou numa TV Francesa que tenho gravado (pela galera da Vinil Alternativo Inc.) em VHS. O clipe é do caralho. Apesar da qualidade da imagem estar meio pavorosa, dá pra perceber que é.

Pois bem, naquelas típicas "investidas nos browse files alheios", pinçei esta pérola e coloco aqui pra mó de vcs puderem escutar (ou pelo menos tomarem conhecimento de) essa música tão desconhecida e tão bela (pra mim tá no páreo até com Arnold Lane).

Vamos lá, cantemos com alegria, pois Jesus está na Eucaristia:



PINK FLOYD - Point Me At The Sky

Hey, Eugene,
This is Henry McClean
And I've finished my beautiful flying machine
And I'm ringing to say
That I'm leaving and maybe
You'd like to fly with me
And hide with me, baby

Isn't it strange
How little we change
Isn't it sad we're insane
Playing the games that we know and in tears
The games we've been playing for thousands and thousands and
....

Pointing to the cosmic glider
"Pull this plastic glider higher
Light the fuse and stand right back"
He cried "This is my last good-bye."

Point me at the sky and tell it fly
Point me at the sky and tell it fly
Point me at the sky and tell it fly

And if you survive till two thousand and five
I hope you're exceedingly thin
For if you are stout you will have to breathe out
While the people around you breathe in

People pressing on might say
It's something that I hate to say
I'm slipping down to eat the ground
A little refuge on my brain

Point me at the sky and tell it fly
Point me at the sky and tell it fly
Point me at the sky and tell it fly

And all we've got to say to you is good-bye
It's time to go, better run and get your bags, it's good-bye
Nobody cry, it's good-bye
Crash, crash, crash, crash, good-bye...

sábado, março 19, 2005

 
uma bela tarde de sábado. sinto a vida querendo botar quente no meu. rasgando. com caco de vidro. mas mantenho a calma. penso no ridículo disso tudo, no aprisionamento mental coletivizado... se não acontecesse comigo mesmo, eu poderia até julgar tudo um imenso dramalhão mexicano de terceira, levando pro lado cômico mesmo. mas aí o estresse vai cavando, cavando, até conseguir foder com tudo...

terça-feira, março 15, 2005

 
Riso-Rabugento


sábado, março 05, 2005

 
Library Media do Winamp no Shuffle e otras cositas mas

Escutar os próprios arquivos de música através do recurso "Library Media" do Winamp colocando tudo no "Shuffle" é uma experiência que exorciza um pouco do vício moderno de acabar por vezes nos deixando preocupados com tudo, menos com a música, a experiência de seu "em si".... falo desse manipular sem fim de arquivos virtuais: extensões ponto emepetrês, ponto emepegue, ponto isso, ponto aquilo, que emergem, passam, do nada, a existir através de barras e mais barras de downloads, verdadeiros fetiches cybernéticos, complexos freudianos de preenchimento e completude. Tal recurso do Winamp também possibilita também outras experiências reveladoras. É assim ao descobrir que nos impomos várias barreiras interiores para simplesmente não darmos ouvido ao desconhecido (e, consequentemente evitarmos os sustos próprios dos lugares inimagináveis).

Dá o play:

D:\Documentos\DSPO\MP3\Músicas Novas\jorge ben (sacudin ben samba 1964)\jorge ben (ben é samba bom 1964) - 01 - descalço no parque.mp3
AVISO: Calma. O link acima não leva pra lugar nenhum. Aqui no Pé-de-Cachimbo eu tô dando um "taime" pra esse troço compulsivo de "serviços de emepetrês vinte e quatro horas".

Essa pasta "Músicas Novas" foi Tia Camila que copiou pro HD aqui de casa. Tem uns lances legais (como as mp3 do mestre Babulina) e outras nem tanto ... pelo menos que eu tenha coragem de pôr pra rolar com a finalidade de saber se realmente minha aversão é só preconceito - como o novo do Ed Mota ou o Circuladô, de Caetano Veloso ... mas esses são fichinha se comparados a uma pasta onde constam interpretações de vários artistas pra canções de Chico Buarque... escutei de relance uma versão feita por Elba Ramalho meio pavorosa. Deletei da playlist. Bora ser elástico (e ecléticu... hehehe.), mas assim já tá abusano, né mô fio.

Mas vamos ao .mp3. Tenho a impressão - baseada em fatos - de que Jorge Ben deve soar deveras "exótico-psicodélico" para a gringalhada. Só que pra mim, brasileiro - e mesmo sendo eu nordestino e o babulina carioca -, pareceu sempre tratar-se de um som "natural-no-sentido-de-cotidiano". Familiar como "domingos" junto à família... naquele churrascão onde aquele teu tio pirado já começa a dar sinais de alopration elevada, devido à combinação explosiva do álcool com fumo e o cheiro de combustível vindo da churrasqueira... o fundo musical está impregnado de jorge ben e as coisas tendem a ser mais amistosas. porque a percepção "jorgebeniana" é a de um estado alterado da consciência. um pé na "big band bossa", outro na umbanda e no transe rítmico/musical. todos os pés nos arquétipos animistas, primitivistas. todos os pés no xamego de inã. [né esse negócio de martin luter king, panteras negras ou algo do tipo não. não penso que seja esse o tipo de rebeldia o que voga neste caso. há um sentido lúdico luso-africano(independente de qualquer ponto de vista teórico sociológico, filosófico, psicológico... enfim...) de desprendimento malandro-pero-sensible...]

D:\Documentos\DSPO\MP3\dspo\love is a shelter\ Love is a shelter (stereo) - smothboost-2 - equalizada, com reverb.mp3

Bem, DSPO são minhas iniciais e essa outra pasta com o mesmo título dentro dela foi copiada de um cd de back-up e contém minhas black maldito sessions re(ver(be))minosas (na verdade, seis composições - três delas "instrumentais" -, registradas em "várias pistas" por meio de dois decks revezando-se como "pick-ups" na sobreposição de sons. Dois decks e um microfone. Um play e um play+rec. O volume do microfone dosando a altura da nova camada que será juntada à massaroca sonora que avoluma-se a cada novo take). Acho que fui meio extremo no reverb. Porque gravei vocal, guitarra e percussão tudo já com reverb e ainda adicionei dois tipos de reverb diferente através do Sound Forge nas duas partes distintas da música. Tem um backing que já tava baixo normalmente e agora acho que desapareceu... ou tá quase sub-liminar. Mas eu gosto da música. Apesar de ter conseguido identificar algumas linhas de "possível plágio" dentro dela. Quando a compus tinha acabado de conhecer o Franz Ferdinand, que, acho, acabou influenciando-a um pouco (na primeira parte, especificamente). O pior é que, nas primeiras gravações de registro, ela tinha um riff que era chupação descarada da música que abre o disco homônimo do FF. "Converti" ele, que acabou virando a linha da "guitarra trêmolo"... Em música nada se perde... e tudo se aproveita. A galera viu algo Jovem Guarda nessa música, mas outro dia finalmente percebi claramente com que a harmonia do refrão se parece. "My Sweet Lord" de George Harrison. Ouçam direitinho pra ver se num é (sei que ninguém vai ouvir mesmo, mas blog também serve pra emular uma terceira pessoa neutra, que sirva de espelho pra o autor... então foda-se). Mas também não chega a ser caso de plágio, vai.

D:\Documentos\DSPO\MP3\Mogwai\peel session 05 (05-21-2003)\03 - Killing All The Flies.mp3

O Happy Songs For Happy People, disco de onde essa música foi pinçada, é o meu predileto do Mogwai. Cheguei a ler certa vez neguinho metendo o pau nesse disco ... dizendo que era enfadonho, muito inferior aos discos anteriores e coisas do tipo. Ora vão pra putaquiupariu ! É um disco do caralho, velho. Ele já assumiu uma conotação de clássico absoluto - pelo menos na minha vida. Como o Ok Computer. Como o Incesticide. Como o Aqualung. Como o Houses of the Holy. Todos eles deram um colorido diferente ao mundo em determinadas fases de minha existência.

(To Be Continued...)

terça-feira, março 01, 2005

 
MESTRES DA GUITARRADA



Fuderoso. Acaba servindo como homenagem à minha amiga Soraya, que tá lá no Pará, sua terra natal, curtindo sua novíssima família.

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