of Montreal - Heimdalsgate Like A Promethean Curse
Hahahahaha... muito bom esse clipe do Of Montreal. Bizarrão e psicodélico como os últimos trabalhos deles. Acho que realmente os caras nunca mais irão compor algo na linha do Gay Parade e do Cherry Peel - pra desespero dos muitos fãs da fase sessentista da banda. Apesar de também gostar muito desta, acho que eles estão no caminho certo - o da ousadia de largar fórmulas que já mostraram-se bem sucedidas em detrimento de caminhos desconhecidos - e a linha de composição de Kevin Barnes apenas aumentou sua palheta de cores sonoras. Nela hoje predomina a extravagância kitsch - como esse glitter e outros tantos elementos do video - mas continua intrigante como sempre.
Madruga de segunda-feira. Acordado por causa de um filme que me pegou pelos olhos/ouvidos, surpreendendo-me como há algum tempo nenhum filme brasileiro o fazia. Peguei o bonde andando e inicialmente achei que tratava-se de algum filme dos anos 60, tamanha sua semelhança estética com filmes da época ("porras" com "eres" carregados inclusos e clima "brasa-mora" total - além do fato de estar passando na Cultura, no "Cadernos do Cinema Nacional", onde volta e meia passam até algumas pornochanchadas). Depois percebi que esse contexto tratava-se de um corte narrativo retratando uma época passada dos personagens - acho que a linha temporal condutora do filme desenrola-se nos anos 70. Agora há pouco, descobri que ele foi lançado em 1993. A película em questão é "Alma Corsária" de Carlos Reichenbach e teria apostado todas minhas fichas que ela foi rodada na época retratada, não fosse a fisionomia dos atores (alguns globais como a -mais bela do que nunca nesse filme - Carolina Ferraz): não tão joviais como deveriam parecer... Mas enfim. Queria de alguma forma tentar externar que sentimentos o filme me despertou - e podecrê que não foram poucos - mas as horas já se alongam e meu tempo de sono de peão-funcionário me faz pedir arrego. De toda forma fica a dica. Aluguem, vejam e, se fizerem isso mesmo, tirem aquela copiazinha pra mim, beleza?
Nunca mais tinha uploado música por aqui (também, passei um tempinho sem escutar nada direito, só "abaxando" que só coreografia do éotchan...), até que nesse final de semana coloquei parte do conteúdo de um cd de back-up no mp3 player de Tina e pluguei o danado num amp de Paulo que tá escanteado aqui em casa há uma lenda (o outro Staner tem um som bem melhor, mas como vaza uma corrente dos diabos não me arrisco). Botei uns Amon Duul, German Oak, Erlkoenig (cortesias de Breno) e alguns outros sons que nunca vi mais gordos no player... Dentre todas essas pepitas lisérgicas de repente entra um som mais folk, que de início acho meio simplório, entrentato o lance vai adquirindo tons arrebatadores. A gravação não dava muita pista de época (ainda mais hoje em dia que tem uma caralhada de gente fazendo esse tal de free(ak) folk) e continuei escutando o disco com essa sensação, até que uma canção em especial me chamou a atenção pela sua melodia grudenta e melancólica. Só hoje resolvi cair em campo e pesquisar a respeito do sujeito e do disco
Poisé, o sujeito parecia ser bem doidão. Dá até pra distinguir na letra da música um "gonna get some dope". Até prisão por causa de um coentrozinho rolou, como cês podem ler na resenha do AMG. Mas, ao contrário das resenhas resaltando o status obscuro e cult que o disco Red Hash adquiriu, estas mau traçadas apenas servem de justificativa para a inserção dessa bela música neste blog - que andava meio cego dos ouvidos ultimamente...