
Esse pode se chamar "Major Mostarda". Involuntariamente inspirado nos desenhos do Yellow Submarine. Colori meio de qualquer jeito aqui no paint. Depois edito melhor.
MAIS DISQUINHOS
Dando continuidade à postagem de links de discos (acho que farei isso bem mais vezes por aqui), trago um EPzinho do My Bloody Valentine e, de quebra, vai um disco do Low que achei o link por acaso quando tava procurando outra coisa. O do MBV foi tirado
desse blog com bandas xuxuguêizi. O outro não tô lembrado.

My Bloody Valentine - GliderO motivo por ter escolhido esse EP é ter finalmente descoberto que é nele onde está a música mais bonitinha - leia-se assobiável - da banda ("Off Your Face"). Eu não sabia o nome da dita cuja porque a minha bíblia do MBV foi uma coletânea em fita k7 que meu primo gravou há uns dez anos atrás pra mim. Como eu logo perdi o papel com os nomes das músicas, não sabia o nome de nenhuma delas. Daí saí baixando toda a discografia pra tentar identificar os nomes e conhecer os discos - mas nunca achava essa dita cuja. Pode baixar esse EP que é rochedo. Das quatro musiquetas, três estão na tal coletânea (apenas a faixa-título não entrou).

Low - Thing We Lost in Fire
http://rapidshare.com/files/52593942/LowFire.rarEsse disco é muito foda. Claro que não há nada aqui pra animar festinhas ou coisas do tipo. Na verdade, pelo título de banda
slowcore, creio que nenhum disco do Low sirva para tal. Entretanto Porém Todavia, além dos BPMs desacelerados, não espere algo pra cortar os pulsos, triste que só a morte da bezerra... Há uma certa melancolia mas uma melancolia ensolarada, de tons predominantemente maiores. Os vocais tem muito de harmonias country-Neil Younguianas e o instrumental é bem contido, quase etéreo. Talvez não seja um disco pra todas as horas, é bem verdade... mas se escutado nas horas certas, pode dar um colorido diferente para um dia cinzento.
BOLACHAS PARA DEGUSTAÇÃODeixando um pouco as velharias de lado, linko aqui alguns disquinhos pra download - tão quentinhos que ainda estão no forno (não foram lançados) - de três bandas que, na minha humilde opinião, ainda são relevantes, mesmo às vezes apresentando uma certa repetição em seus últimos trabalhos. Se você não conhece nada de nenhuma delas não vai ligar a mínima pra esse tipo de critério, portanto pode baixar e depois, se gostar, correr atrás das coisas mais antigas. Eu, particularmente, não acho que nenhum desses discos sejam os melhores nas respectivas discografias. Tampouco acho que eles mereçam ser deprezados. Muito pelo contrário, demonstram vigor e que desses matos ainda sairão vários coelhos.
Por ter escutado pouco os danados, não posso dar um parecer mais apurado. Anyway...
Mogwai - The Hawk is Howling
http://rapidshare.com/files/140221184/Mogwai_-_The_Hawk_is_Howling2008.rarEsse aí nem escutei todo ainda. Mas já deu pra notar uma maior gama de variação nos contrapontos instrumentais que desembocam nos famosos "crescendos". "The Sun Smells Too Loud", a única música que ficou gravada na minha mente até agora, aponta para uma vereda
synth pop, com um resultado até bacana (principalmente nas partes de bateria mais tribais) .
Stereolab - Chemical Chords
http://rapidshare.com/files/137872489/s_cc-indieduckycom.zip.htmlEsse aí eu já escutei mais de uma vez, pelo menos. Entretanto nada posso apontar com relação a temas específicos, pois não leio os nomes quando estou andando por aí escutando meu mp3 player. Mas a impressão que ficou do "disco cheio" foi a de haver uma sonoridade lounge-orquestral em predominância. Menos eletrônico do que o Margerine Eclipse (o meu predileto deles). Tem uns momentos bacanas, outros nem tanto, como todo disco do Stereolab.
Of Montreal - Skeletal Lampinghttp://rapidshare.com/files/140053316/OMSL.rarEsse aí eu devo ter escutado uma vez. Tá na mesma vibe esquizo-glam do anterior. Talvez ainda mais extremo nisso tudo. Li recentemente uma entrevista do Kevin Barnes em que ele falava do aspecto limitador, esteticamente falando, que a Elephant 6 exercia na banda. Não acho que eles tivessem que continuar na mesma vibe sessentista de sempre, mas fico pensando se toda essa carga gay/kitsch com batidas eletro nas músicas recentes deles não poderia vir a ser uma limitação estética imposta por uma ordem mercadológica, visto que eles alcançaram uma projeção mundial justamente por conta disso. Acho que pelo menos deveria haver uma dosagem melhor desse lado glitter com o lado mais kinks/mutantes/zombies que eu tanto prezava - como eles conseguiram fazer no SatanicPanic in the Attic - o meu favorito.
LO-FI BRÓDIPrimeiros testes com meu novo brinquedinho (uma multifuncional). Agora cês vão ter que voltar a aturar os meus desenhos trashimetáu (pelo menos a qualidade da digitalização será melhor).
Esses aí abaixo eu tô pensando em usar no projeto gráfico de uma das coletênas do
D Mingus que a
Piesces Records vai hospedar no site deles (das quais pretendo fazer umas copiazinhas materiais pra, quem sabe, vender agora no
coquetelmalakofi, ou simplesmente distribuir com a geral).
Assim como ocorre com esses desenhos, às vezes fico com vergonha e por instantes desisto de mostrar minhas gravações toscas, feitas de qualquer jeito, em casa, mas como ultimamente tô escutando muito Guided by Voices, estou começando a adquirir um certo "orgulho de ser lo-fi"... hehehe.
Por sinal, alguém sabe de algum 4track ou algum outro gravador pra vender ? Até um dois decks tá valendo.

P.S.: Tina me ajudou no tratamento das imagens via Photoshop. Ainda sou meio mongo nisso.

Chicken blows
I suppose we could have a girl or a boy
And I see what you mean
I`m not here to drink all the beer
In the fridge (oh, la la la)
In the room (oh)
In the house
In the place (oh, la la la)
That we both (oh)
So love
Can you sink to the depths (lots of `oh`ing)
I don`t know
I don`t even care
And our lives slip away
In the end we will probably reach
All the way (oh, la la la)
To the walls (oh)
over there
Have you flown? (oh, la la la)
Our courage (oh)
Is only a taste
And I`ll get paid (ooh, ooh)
If you`ll get laid (ooh, ooh)It`s our parade (ooh, ooh)
sedeacordei de madrugada com uma necessidade quase fisiológica de sondar minha própria angústia. quase como sentir sede e ir pegar um copo d'água na geladeira eu levanto e venho para o editor de textos.
talvez o computador me dê a impressão de que a qualquer momento as pessoas possam escutar-me, compreender-me ... por isso talvez seja o meio - ainda que virtual - onde eu esteja mais perto de conseguir escutar a mim mesmo também, ainda que haja a eminente possibilidade de perder-me no caminho com tantas ofertas de ópio, tantos links que não levam a lugar algum mas que insisto em sempre acessar, de forma impulsiva, incontrolável - assim como acontece na linguagem.
meus favoritos reais nunca incluem aquele site de auto-conhecimento que alerta, guia e afugenta os auto-enganos. ele sempre é enterrado pela mesmice da navegação em "águas seguras" - novela do dia-a-dia.
acordei fazendo a conta dos anos que devem restar à minha mãe, ao meu pai e, quando a sequência lógica apontava "- sua vez!", anuviei o pensamento... eles chegariam até minha filha, por fim...
acordei querendo dizer a meus raros amigos o quanto os estimo, dar-lhes aquele abraço quase sempre adiado ou mascarado pela homofobia de fachada.
acordei querendo lembrar do sonho que tive a pouco, vagando pela noite escura e densa do recife.
acordei - e já nem sei mais há quanto tempo - querendo ver a multi-face do mundo, onde talvez um dia eu reencontre a minha.